segunda-feira, 17 de março de 2008

Impressões Urbanas

Olá "fanzineiros" de plantão!

Meu nome é Luiz Henrique e estou entrando agora neste grande (e promissor) movimento que é a publicação em formato Fanzine. Enquanto elaboro o meu primeiro material impresso, vou trazendo um pouco de poesia, dramaturgia, literatura e urbanismo humano para dentro deste espaço interativo e pretendo contribuir para aumentar o círculo de produção e, principalmente, de público leitor de Fanzines.
A partir de hoje publico minhas impressões urbanas e espero (ô se espero!) que gostem!

Luiz.

A Vida Passa

Olá pessoas, estou aqui novamente. Vim falar de uma impressão que tive dia desses.Há dias eu não escrevia nada. Nem contos. Nem nada. Estava sem idéias. Sem sonhos bons para contar para vocês, caros leitores. Não sei. Até que na última segunda feira, aconteceu algo que me fez pensar na rotação terrestre.

Era quase uma hora da manhã. Eu tinha chegado em casa há pouco menos de uma hora, depois de um dia corrido de trabalho. Sabem aqueles dias em que você não agüenta ouvir falar em chefe, trabalho, contas, problemas e fofocas? Então. Eu só queria dormir e esquecer todos os problemas. Até que bateram na porta do meu quarto. Uma hora da madrugada! Era minha irmã (onze anos e um coração adorável): “o meu gato sumiu...”. Por um instante me deu raiva. “Esquece o gato e vai dormir!” É uma gatinha vira-lata (se bem que não há diferença, mas nós humanos gostamos de classificar as coisas...), de aproximadamente quatro meses de idade. Mas a menina não iria dormir (eu sabia disso) sem o bicho. Levantei (de pijama) e fui procurar a gata. Não demorei para achar. Ela havia subido em uma árvore e, por meio desta, no telhado da casa. Estava miando um bocado e, desesperada, a ponto de pular de uma altura que, mesmo sabendo que era um gato, me causava espanto pela delicadeza da pequena gata Serafina (o nome dela). Iniciamos uma operação de resgate. Tive que queimar uns neurônios para salvar aquela gata. Coloquei um banco sobre uma mesa e fiz uma elevação de uns dois metros, para que eu pudesse me aproximar da Serafina. Busquei uma almofada e a ergui meus braços, para que a gata pudesse se apoiar. Enquanto isso, minha irmã falava “(...) pode vir Serafina, não tenha medo”. E eu, cansado trabalhador cheio de afazeres, tive que ficar alguns minutos com aquela almofada elevada, esperando que a gata ganhasse confiança até que ela subiu no apoio que eu criei e pude, finalmente, traze-la para o chão. Aquela gata que, no meu julgamento humano mesquinho, era um bicho sem amor e interesseiro, ao se ver apoiada em meu colo me deu uma pequena lambida no rosto e, já no chão, caminhou em direção ao quarto para dormir com minha irmã. Fiquei ali um minuto, pensando na vida, pensando no mundo. Quando voltei para meu quarto o fantasma do meu chefe veio falar de trabalho, de problemas e de metas, abri a porta e coloquei ele pra fora. Dormi em paz, abracei meu amor e acordei sorrindo.

Luiz Henrique Dias da Silva é escritor e, nas horas vagas, feirante e salva-vidas de gatos. Ele acredita que o grande problema do mundo não está nos humanos, está no planeta, que aceitou estes gafanhotos pra viverem nele. O Luiz é um transtornado...

1 Comentários:

Blogger Cearánews! disse...

Bacana!

As visães do Luiz vai dar uma boa enriquecida na iniciativa do Fnr (Fanzines na Rede).

Felicidades a todos! E vida longa nesta árdua, mas prazerosa atividade de discussão, e por que não, entretenimento....educação..cultura.

18 de março de 2008 às 08:29  

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