quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Quadrinhos e identidade cultural

* Por Wemerson Augusto em 12/2/2008
Enquanto os estudantes brasileiros aguardam a chegada dos quadrinhos incluídos na lista do Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), novos enredos e interesses sacodem o mundo da manifestação artística. Na Alemanha, uma idéia semelhante à implantada pelo programa brasileiro – criado em 1997, que incentiva a leitura e o acesso à cultura por meio da aquisição de obras – buscará lançar novas interpretações quadrinizadas sobre o holocausto.

A experiência será testada inicialmente em 15 escolas de ensino médio da cidade de Berlim e do estado da Renânia do Norte. De acordo com o Centro Anne Frank, responsável pela ação, a idéia também poderá ser migrada para dois outros países, Polônia e Hungria.

Na Alemanha ainda não há uma precisão do investimento com o desenvolvimento dessa ação cultural. No Brasil, o custo do projeto que abrange 127,5 mil escolas é de aproximadamente em 26 milhões de reais. Ao todo são 16 milhões de estudantes com idade de 6 a 14 anos contemplados com acesso a oito obras em quadrinhos neste ano.

Equivalente a intenção a alemã foram às escolhas das histórias em quadrinhos aos jovens leitores brasileiros. No geral, as narrativas valorizam a história ou possibilitam interpretações do contexto sociocultural brasileiro.

Mensagens e influências

As histórias selecionadas são Turma do Xaxado (volume 2), Os Lusíadas em Quadrinhos, 25 Anos do Menino Maluquinho, Pequeno Vampiro vai à Escola, Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda, Mitos Gregos: o vôo de Ícaro e outras lendas, Hans Staden – Um Aventureiro no Novo Mundo e Courtney Crumrin & As Criaturas da Noite.

Esta maneira não-convencional e desburocratizada de ver o mundo aos poucos está marcando pontos e conquistando espaço nos mais distintos setores da sociedade. No entanto, às vezes a burocracia e o conservadorismo educacional e cultural impedem a formação de novos leitores e cidadãos críticos.

Numa época em que é quase impossível desvincular imagem e texto, alguns didáticos ainda acreditam que saudoso quadro negro e as aulas da cadernetinha – atividades prontas de anos anteriores – vão prender ou motivar a atenção desta nova geração, exposta a milhares de mensagens e influências instantaneamente.

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2 Comentários:

Blogger S. disse...

Olá!
Tudo bom!
Achei muito interessante as pontagens no seu Blog. Estou organizando junto com uns amigos um evento sobre quadrinhos e com amplo espaço para fanzines. Através deste comentário gostaria de estabelecer contato, pois queremos muitos fanzineiros participando, memso que a distância.

Atenciosamente

Sabrina Naud - Comunicação Planeta Metropolis
planetametropolis@hotmail.com

14 de fevereiro de 2008 às 05:13  
Anonymous Anônimo disse...

É bom ficar de olho nas ações governamentais.

A insersão de HQs na escola potencializa novos consumidores destas publicações. A pesar de boa parte das bibliotecas possuirem um minimo de obras disponives, nem todas as crianças e adolecentes tem contato com elas, seja por não possuir uma biblioteca ao alcance ou por não ter a sua atenção atraida para uma HQ velha mofando na prateleira. Mas com o governo se manifestando a favor das HQs no ensino público vislumbramos novos rumos. Podemos estar presensiando o surgimento de uma nova geração de leitores, críticos e assíduos... Ou não.

17 de fevereiro de 2008 às 17:00  

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