Fanzines na Rede

É final de ano e é Natal. O comércio comemora o aumento nas vendas. Na internet as lojas preparam seus sites pelo menos três meses antes desta época. As pessoas trocam presentes e a mesa é farta. Tanto empenho em divulgar esta data e em torna-la solene. Afinal era natal de quem mesmo?

O consumismo impera e as propagandas são criativas. Nos dizem que temos que comprar para nos sentirmos realizados. Mas por que não? Já que o Papai Noel está sendo generoso e nos dando um desconto, ou balinhas na porta do estabelecimento. Sim, mas tinha um tempo que Papai Noel não cobrava pelos presentes? O que aconteceu, será que ele virou capitalista, ou eu fui enganado e alguém pagava a conta naquela época de minha infância?

Aliás, alguém ai se lembra mesmo o porquê do Natal? Comemoramos o que mesmo? Se você pensou muito e não conseguiu lembra vou te ajudar. Comemoramos o nascimento de Jesus Cristo, o Salvador.

Mas não causa estranheza o esquecimento disto. Bem provavelmente esta data, assim como todo o resto do Natal, é falsa. Ele, Jesus, não nasceu em 25 de Dez e este Natal (que significa nascimento) que manifestamos alegria ao se aproximar é o natal “não sei de quem mais”.

O natal de “não sei mais quem” está impregnado de valores falsos. Panetones, chocolates, pinheiros, estrelas, gnomos, um falso momento de paz e amizade substituem os verdadeiros valores. Aumentando a ganância em comerciantes e levando pessoas comuns, num clima eufórico inexplicável, muitas vezes nem por elas mesmas, a se endividarem.

Então não seja troxa! Não continue achando que a tua cidade, estado, o país e boa parte do mundo para de trabalhar um dia inteiro deixando de produzir bilhões de reais só para que você e eu tenhamos um momento de “alegria e felicidade”.

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